Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Humanamente


Eu preciso escrever para
Contar da minha dor, do meu assombramento, da minha decepção.
Porque doeu-me ver tantos ataques, tem sido difícil suportar pós-guerras seguidos assim.
E perceber os outros também, e senti-los no olhar fulminante foi fulminantemente doído, como um ataque de um coração que de repente pára porque precisa.
Por isso hoje sangrei, sangrei muito.
Muito por mim, muito pela dor identificada nos absurdos contidos e velados que de repente após tantas esperas, foram assustadoramente desmascarados.
E ousaram, ainda ousaram me falar de ética quando tudo o que eu precisava e queria era esquecer tudo ali.
Política, instituição, humanidades à parte. porque é assim que fazem arte, arte de convivência, arte de negar a própria existência enquanto condição humana, de vender a sensibilidade e o caráter em busca, em busca de quê ‘meudeus’?!
Não entendo e nem quero tentar, seria presunção apenas fingir para não me abalar. Eu só peço que não me falem nada, não me digam com esse olhar que pessoas piores terei de encontrar. Da minha parte eu vou reinventar e tentar mesmo ignorar os fatos, seguindo adiante com minha escolha, nada devo esperar.
Só não quero ser assim, não pretendo negar a mesquinhez que há em mim, em ti, em nós. Apesar da pouca idade eu sei que o que vale a pena é o amor à verdade. Por isso venho dizer, a você e a mim...Não quero ser doutora em educação sem ainda ter me educado nesta vida, enfim. Por isso foi tudo o que eu desejei dizer com essas poucas palavras desesperadamente descritas e despidas aqui!
Não preciso de titulações para respaldar minhas injustas medidas. Eu consigo reconhecer minhas fragilidades e humanidades sem título algum, aliás...o único título que desejo é o de melhor desempenho, não acadêmico, mas na vida. Porque quero ir além das limitações impostas e mostrar mesmo o melhor do humano que há em mim, sem medo algum de parecer idiota ou finalmente humana aí.
Mas eu vim aqui também porque precisava confessar minha necessidade de compreensão, mas além disso, eu sei que preciso de um pouco de perdão. Por que? porque fervorosamente almejei que o reinado viesse à baixo, que a casa caísse, que o espetáculo do vazio ruísse e mostrasse a inútil grandeza do poder ditador.
Eu preciso de perdão não por mim que sei a humana terrível que também me habita, mas por ela que não me comoveu um segundo. Faltou-me humanidade para enxergar que o drama vivido poderia ser verdade, mas não quis me importar porque foi-me uma vez perguntado quem sou e eu mostrei assim.
Por isso não me pergunte o que só posso responder mostrando, tenho sadismo suficiente e vigorosa que ainda sou possa matar para não morrer.
Bom, eu quero terminar e dizer que o que comecei vou concluir e fazer o que necessariamente preciso fazer de mim. O resto?
O resto eu espero silenciosamente o respeito e o reconhecimento de que minha presença se faz presente no grande e no pequeno, no perto e no reservado de quem sou.
Quanto à psicologia, minha cara ideologia...? não sei, mas tenho a impressão que ela está só, eu estou só, nós estamos sós não apenas no grupo, mas na instituição.
E fico aqui pensando como querem que saiamos humanamente melhores, mentalmente capazes de enfrentar tantos desafios se só nos mostram o que há de pior neles e em nós...(?)
Que Deus me faça entender que é preciso acreditar continuamente no melhor de mim, que isso sim não é presunção e que somente assim poderei conseguir a existência que infinitamente quis 'pra' mim.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Chá da's férias

O que são a's férias?

Com a’s no plural e apóstrofo mesmo, porque sempre me perguntei da utilidade do apóstrofo na minha vida. Afinal deixei de usá-lo quando deixei também de falar tão bem do meu inglês americano.

É que agora minha vida está completamente inglesa, até chá da tarde me obrigo a tomar, o surreal e normal é que esse chá vem recheado de tédio, porque também não agüento todos os dias um chá de cadeira assim às 16h.

Passei quatro anos de rotina, perdi até a minha língua...quase fui demitida da minha própria vida por falta de administração. E nem quero saber o que vai me aparecer quando tudo isso acabar, quando eu não tiver do que reclamar, quando o meu chá parar de me abusar.

Jane Austen eu sei, essa nunca me salvará!

Vou morrer em Mansfield e ao que me parece num grande ócio improdutivo, à noite

Sim na calada da noite na Hamilton Rd., na companhia de um cachorro e de uma xícara, uma xícara de amor, claro.

O que sou

Passei da prosa à “poemia”, e achar que nunca conseguiria

Olhei e vi uma vida de mentira e hipocrisia

Parei e resolvi pensar no que não podia

E consegui desafiar minha própria companhia.

Imaginei como ficaria e se era isso o que eu queria

Como seria se eu fosse além do que eu mesma pensava que podia? E depois o que eu faria? Como suportaria?

Foi aí que percebi aonde chegaria e que sem medo enfim eu me mostraria

Leve, doce e meiga

Para que finalmente em me desfazendo dessa dura couraça que me entorpeceu os sentidos e me impediu de ver o rasgão do meu vestido, eu possa caminhar novamente entre o vento que um dia me assanhou os cabelos e aquela que so-fre-ga-mente sou.

sábado, 25 de junho de 2011

Pulsar

Estou aqui escutando tiques e taques do tempo

O relógio da sala me causa tormento

O vento que sopra traz de volta a angústia daquele momento

Estou deveras cansada pra qualquer empreendimento

Meu coração pulsa em vão na esperança de encontrar um novo sentimento

Mas eu sou mesmo romântica e deixá-lo-ei pulsar até que cessem todos os movimentos.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O céu é o limite


Foi o que hoje ouvi, o que escutei ressoar fortemente aqui. a vibração de cada letra no meu corpo me fez sentir que era verdade sim o que aquela pequena frase dizia a mim.
E eu respondi: quero mais é que se danem, vou fazer o que decidi!
a vontade é minha, os sonhos também.
as opiniões que se dividam, que falem, que invejem e que se danem, Todas! porque eu quero mais é ser quem sou sem ninguém a me dizer o que devo ou posso fazer de mim.
Quero ser feliz da maneira estranha que decidi. vou seguir meu percurso diferente, deixarei amigos e parentes para estar na memória de uma história que é minha e me espera.
Sempre soube o que queria, escrever era o que eu devia mas só agora vim tomar as rédeas do cavaleiro que também sou, para sentir, sentir a despedida da miséria que quase me matou.
E vejo, claramente como os pássaros no céu eu vejo que só o céu é o meu limite.
hoje sou uma fortaleza e os meus tesouros ninguém roubará. não deixarei mais a voz do ódio alheio ultrapassar meus tímpanos, sei que posso des-pre-za-las pelas qualidades e dons que recebi e cansei de ver e ouvir onde eu deveria estar e poderia não fosse a contaminação dos leprosos que me apareceram.
Parei de me des-culpar, de me lamentar e desperdiçar o que fatalmente me foi dado; que morram todos desgraçados que com olhos e olhares mesquinhos tentaram me impedir de continuar no meu caminho.
Que a mediocridade se desfaça nos espinhos!
Porque não peço muito de mim, só quero seguir e continuar dizendo a mim, ao mundo e a quem quiser ouvir: ei, estou aqui, só vou embora depois que a morte disser que sim! Enquanto isso vocês vão se acostumando, porque vão ter que me engolir.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Música meu amor

Há músicas que lembram chocolate, outras amor, outras ainda endorfina pura, quente e fresca. Homens barbudos e amor, muito amor. Não sei qual delas seja mais perigosa, não sei se posso denunciar-me aqui, só sei que tenho sentido enormemente a falta de um amor para amar, para acariciar e dizer que é meu.

Tenho desejado isso e já faz tempo, mas só me lembro com algum flash back forçado, com alguma pressão do ambiente, com alguma tia caretona e doente.

Eu quero mesmo me entregar ao amor de um ser deficiente, tanto quanto eu errante, mas que seja no mínimo um amante das artes, da literatura e do amor, acima de tudo do amor. Quero acordar de madrugada com uma mensagem recebida, quero poder reclamar quando não ouvida, quero ter reciprocidade no olhar.

E sentir. Sim, sentir a chama que arde por dentro quando enfim encontrar minhas projeções dizendo: sim, você se achou num outro ser tão diferente assim.

Tudo novo de novo

Eu gosto de ver o reflexo da janela pela TV desligada do meu quarto. De sentir prazer por tão pouco, de rir por nada, de me emocionar pelo silêncio gostoso que minha alma adora ficar. De permanecer largada pelas ideias mirabolantes que surgem quando acordo depois de uma boa noite de sono. De pensar nos meus amigos, nos livros não lidos, nas histórias vividas e recontadas. Dos pensamentos quase sempre esquecidos, de tudo o que não foi escrito, de um amor não resolvido, de algum idiota pra detestar.

Ah eu amo, amo mesmo a simplicidade de onde vim, os absurdos infantis que costumo sempre ouvir, do carisma dos amigos, do sorriso desmedido quando estou à vontade, do olhar de uma criança, da renovação das esperanças. De saber que voltarei, para mim eu voltarei. De ter uma família para amar, amigos para aconselhar e risadas, muitas risadas para dar.

Eu amo, amo mesmo e sou grata a Deus porque “tudo se fez novo”!

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Aprendendo a viver

"Aprendi que se aprende errando;
Que crescer nao significa fazer aniversário;
Que o silencio às vezes é a melhor resposta;
Que amigos conquistamos sendo nós mesmos;
Que os verdadeiros amigos estao conosco até o fim;
Que nao se espera a felicidade chegar, mas se procura ela;
Que quando penso saber tudo, ainda nao aprendi nada;
Que a natureza é uma das coisas mais perfeitas na vida;
Que amar significa se dar por inteiro;
Que apenas um dia pode ser mais importante do que muitos anos;
Que se pode conversar com as estrelas;
Que se pode confessar com a lua;
Que se pode viajar além do infinito;
Que sonhar é preciso e procurar realizar esses sonhos é ainda mais necessário;
Que se deve ser criança a vida toda".
Que nosso ser é livre!!!Que Deus nao proibe nada em nome do amor;
Que o julgamento alheio nao é importante;
Que o que realmente importa é a paz interior".


Pelo novo que aconteceu
Pela abertura que se mostrou
Pela Urati
Por Mirelle, Thyale, Helder e Janne
E por mim que me permiti chegar até aqui,
Obrigada.