Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Meu lugar



O tempo já não quero mais importar, o que eu quero e sei que posso, é o momento pra estar lá...No meu lugar de paz!
Eu que não tenho tido nem eu mesma, nem minha ânsia na procur-ação por mim, no mergulhar que outrora era diário e insano, está difícil e raro em si.

E estou sedenta. Sedenta do meu encontro comigo, e cansada, super cansada de tanta evitação. É que tenho desejado, mas paradoxalmente evitado, não me compreendo e nem acho que dá. Mas está tudo tão doído que me é impossível enfrentar.

Uma dor de dente não passa sem remédio ou extração. E hoje tenho sentido um canino arrancado indolente e desnecessariamente, eu que sempre escovei ritualisticamente os dentes! Como é possível? Não sei, não sei responder a nada agora, eu só quero sentir...me sentir.

E como está difícil. Massacrante está a corrida que disputo comigo mesma. Eu que tenho fugido às léguas de mim. E ouvir que antes era doído, mas menos fingido, está até cinicamente não garantido. Logo agora! O que há que se possa fazer nesta hora?

Não sei mais, estou procurando fôlego para ao menos descansar da corrida, e dormir. Dormir para renovar a pessoa fragmentada, que vos fala: é preciso urgentemente retomar a jornada, e abrir novamente os ouvidos para a música que não parou de tocar, mas que diminuiu o volume.

É preciso, eu preciso mesmo.
de ar.