Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

terça-feira, 24 de julho de 2012

Poiesis

POESIA

Eu vejo a minha frente um céu anoitecendo. Entre as nuvens do vasto horizonte se esconde agora o sol que outrora escaldante quase me derreteu os nervos. E fico com o nada da noite e com o tudo que o silêncio perpassa. Aí sim, sim, a alegria é festa.

Depois das horas perdidas no vazio calado e aflito da solitária noite me dou conta que falta-me a coragem para acreditar na morada que habito e que me causa espanto, a morada dos artistas.

Um oco dentro do estômago socado. Um arrepio de alma, um sonho.

Nada há que se fale para trazer-me a coragem precisa. Falta-me a mochila nas costas e hoje eu quero, mais do que tudo, preciso. Desejo insano, ardente, sem precedentes. Como ar que respiro, sem isso não dá. 
E eu sei que preciso, como um dente podre que torna tudo impossível, eu sei que sem essa dor não sobrevivo. A dor de ser quem sempre fui: Poeta-triste.

Nem sabia, mas tinha aqui dentro um baú, que guardado precisava falar e só se fala quando tudo sai do coração. E como necessito falar, aqui eu digo: o meu encanto sempre foi esse: a poesia.