Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Ser-me





Talvez um dia eu me liberte de tudo o que me atrapalha, me cansa e me faz mal, quem sabe...Quem sabe eu consiga lembrar sem dor de algumas imagens, consiga encarar sem medo e sem lágrimas, momentos que vivi e que ainda estão vívidos em mim. Que recorde, re-cordis mesmo com o coração, sentindo as emoções sem culpa. Culpa por tudo, por nada, por mim.

Por mim que quis sempre fazer tudo certo e que nessa ânsia de acertar, me feri.
Feri tanto que ficou um buraco negro aqui dentro, sem que ninguém pudesse me ajudar a prosseguir.

Porque a ajuda precisava partir de mim, que acima de tudo urgia em pedidos...Pedidos secretos e clementes por socorro, eu que negligenciava o amor à torta e trôpega humana que sou.

Impulsiva, espontânea e destrambelhada...Sou, fui, não sei se serei.

É que não aceito injustiça, não consigo, nem quero.
E é-me injusto permanecer cometendo os mesmos erros, porque da vida só tenho uma certeza: a de que nada é eterno.

Por isso, quero tentar aceitar as minhas injustas medidas, não conformar-me.
Ao contrário, melhorar-me, mas sem pressão, medo, ansiedade, insônia, desespero...
Eu só quero tentar ser-me completa, ser a menina que um dia fui: feita de luz.


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