Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Transit-ar




Quantas coisas se passaram....As madrugadas já não são suficientes para o turbilhão de pensamentos que me assolam. Os cinco anos que vivi, das histórias que a ninguém li e que se encontram mescladas na realidade e nos sonhos que esta semana revivi...De repente uma pessoa, em seguida as lembranças. O conservatório, as isoladas, o tempo de estudante pré-vestibular. O tempo de ingenuidade, o tempo de autoconfiança.

Agora? Agora a vida é outra, os amigos são outros, as pessoas que ficaram, estão. No meu passado e nem tão passado assim.  Eu me reencontrei e dei margem a uma série de sentimentos, redimensionei pensamentos, ressignifiquei o que ficou, e o que sobrou eu guardei pra mim.

Eu era meiga, sim?
De uma meiguice que não sei onde nem como, mas que se perdeu no caminho árido e seco que encontrei. Estou procurando os pedaços dos pães que alimentaram os pássaros selvagens na caminhada que percorri. Joguei migalhas na espera que nem todo passarinho comesse, porque achei que nem tudo que existe se pode perder. Boba que eu era, achei que não poderia, havia muita coisa que eu achava que sabia, e nem era mesmo poesia.

Invencível. Mas o que será e porque será que existe essa palavra? Quem é? Que humano é este e de onde vem? Ele existe? Se sim, eu nunca conheci.

As amarras estão se ajustando agora e eu como de costume, estou costurando os pedaços de pano que encontrei no caminho de volta pra casa. O percurso é sempre doloroso, porque as lembranças são doídas, as pessoas que ficaram queridas e o adeus em toda partida é o que se tem. Há também as malas, o que podemos levar e o que fica. E o que não fica não dá pra esquecer rapidamente, é preciso tempo, tempo pra esvaziar.

De tudo o que marcou, cicatrizes, do todo que sobrou, malas vazias- é que muito de mim deixei para trás-, e de tudo que permaneceu, um sorriso meia boca num rosto vivido.

Quem muito chorou sabe como é bom e preciso sorrir. Quem já perdeu vê na vitória a importância de agradecer e ser feliz. E quem já sentiu dor entende que tudo é transitório.

No final a gente compreende que é isso, só isso: o começo, só o começo. 


2 comentários:

  1. Que lindo!! *-*
    me vi nesse texto :S
    Belo blog! já não vou mais sair daqui rs'
    bjooos

    leitorapaixonada19.blogspot.com.br

    ResponderExcluir