É na dor que nos vemos e nos sentimos humanos, nos demais momentos não somos. Hoje sou uma lagarta e jamais tornarei a ser borboleta.
O melhor da vida já passou.
A infância já passou, a adolescência já passou e o amor não existe como antes, pelo menos para mim.
Deveras sinto uma humanidade absurdamente humana, que me fere e me faz gemer a cada hora que se passa pela impotência de assim me perceber. Frágil demais e condenada a ser livre sempre. Condenada a própria insignificância. À fugacidade de uma felicidade que não sei se provarei algum dia.
Fadada a ser quem sou na velhice que me espera. E vou ao encontro dela e me vejo nos velhos desamparados e abandonados pelo mal de terem vivido muito. Porque felizes são os que cedo morrem, pois desconhecem o humano que porventura possa haver em si.
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