Esse mês faz um ano. Um ano que
resolvi tomar as rédeas da vida, e demorei porque sabia...Grandes dificuldades
eu teria! É que estava implícito, eu renunciaria a inautencidade que me sustentou
por três longos e dolorosos anos aqui.
Eu precisava me amar, não é que
seja tão difícil...é que eu não compreendia como a pessoa que sou se
transformou na pessoa que hoje é. Não queria tolerar e respeitar o
que precisei me tornar para sofregamente suportar. A realidade de tudo na minha
vida mudou e eu precisava acompanhar. Não poderia substituir aquilo que
naturalmente sou, ninguém pode, mas inutilmente tentei.
Tentei porque fui amplamente
criticada, duramente excluída, fatalmente julgada.
Tentei porque a dor era maior do
que a ausência, do que estar só num mundo desconhecido. A dor era por me fazer lembrar coisas piores que eu
tive que passar.
Já não havia mais o meu mundo de
lá, não podia então confiar.
E intolerância por tolerância
hoje eu tive que trocar.
Porque para amar é preciso renunciar, porque amar é uma escolha e eu escolhi não mais me maltratar. Eu necessitei do meu carinho e agora estou pronta para finalmente me olhar.
Fundo, olho no olho. E ver neles luz, esperança, salvação.
Não mais olhar para trás, para a
vida que deixei.
Eu quero recomeçar em mim e depois retomar os vínculos das pessoas que nunca quis magoar, mas magoei. Porque me abandonando abandonei todos que amei, todos que um dia falei: não vou te deixar. Eu desprovida de afetos por mim mesma, me deixei. Largada por rejeitar aquela que absurdamente me tornei.
E hoje me admiro porque do outro lado provei e reconhecendo as potencialidades humanamente minhas, desafiei. A vida para um duelo, que sei...Surpreendentemente sei que sou mais forte do que um dia pensei.
Por isso, hoje, agora e sempre me respeitarei.
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