Minha alma é tão profunda que quando penso estar andando
superfluamente em sua superfície, dou de cara com uma vastidão de mim antes
inatingível. E é como se a mim mesma eu pudesse enganar e fingir não ver aquilo
que vejo-sinto-sou.
É um fingir que sei: não terá sorte assim!
Estou procurando outras razões para mentir tentando
sofregamente me iludir com as bordas, as superfícies da existência que
finalmente me apropriei e sei, é minha, só minha.
Ah Deus, perdão perdão.
É que me acostumei com a promessa e
a esperança vã de que era a salvação de.
Porque só hoje entendi que nada sou além do
que sou e que isso é tudo.
Mas perdão a mim também, que padeci na culpa para enfim ser-me toda e completa.
E um brinde, um brinde porque finalmente estou aqui no
raso e no profundo de mim.
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