Estou estarrecida comigo
mesma. Não sei o que tenho, não sei se já tive alguma coisa, mas é que
ultimamente não tenho dado nome as minhas vivências. Antes eu sabia o que
vivia, hoje eu nem sei se vivo.
Chegou um tempo na minha
vida que eu não sei dar nome nem cor, o sabor foi embora desde as turbulências
do semestre passado. Hoje pra sair de casa eu ando me obrigando e justifico
todas as razões pra continuar a jornada.
Está difícil, nunca pensei
que alguma coisa que eu amo tanto chegaria a estar difícil. Está difícil
estudar, sobretudo porque sempre tem algo mais interessante pra ler do que
aquilo que sei que preciso, é minha obrigação saber.
Já entendi...estudar nunca teve
uma conotação ruim assim. Nunca foi uma obrigação, antes era prazer! Eu que fazia
tudo por brincadeira agora sou obrigada a ser séria. Eu que brincava de ser
estudiosa, de ter uma conexão maluca com os livros e as palavras que saíam
voando deles. Agora? Me obrigam a estudar porque saber menos parece ser crime!
Tenho que dominar todas as coisas para não parecer humana.
Droga, eu achei que fosse
humana. E agora? O que ser?
Estou cansada, esse ambiente
de competitividade me cansou os nervos. Estou doente. Será dos nervos ou da mente? Mas que mente, que saude? Quem disse
que a saude mental habitou instituições fechadas não conheceu Goffman! Então, o que fazer, pra onde
ir se ainda me restam dezoito fatídicos meses?
Quem bem sabia que eu era
tão forte assim?
Que tenho eu? Uma fortaleza
dentro de mim.
Já resisti tanto, que hoje
compreendo: não sou politizada, eu tenho é uma política dentro de mim...e nem é
politicamente correta assim.
Subversão, adeus, vou tentar
cuidar de mim!
Tu escreveu o que eu queria ter escrito! Ando aí, idem.
ResponderExcluirAbraço, Lea!