Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

domingo, 22 de janeiro de 2017

Quem sabe?



Eu podia escrever crônicas, quem sabe? Sob um molde terapêutico, talvez. Uma forma de expelir meus demônios interiores que há meses recuso se quer lembrar que os tenho. Já faz tanto tempo que não me escrevo numa linha torta qualquer que até temo por essa ousada investida de início de ano.

É que estava relendo o prefácio (é eu leio prefácios!) do livro que não sei por qual miserável razão eu adio a leitura do infeliz infinitamente. O livro? O carteiro e o poeta.

Mas, voltando...Depois de alguns parágrafos lendo o prefácio me senti identificada, e incrivelmente me peguei pensando: “Por que não? Why not? não é mesmo?!” Por que não escrever diariamente? Ou semanalmente pelo menos? Não por obrigação, talvez sim, uma obrigação disfarçada de amor.

Não entendo como o que mais amo fazer deixei de lado e sucumbi ao tédio das palavras ditas, aliás, (mal)ditas. Sempre achei que me expressava melhor por caneta e papel. Pode ser apenas uma ilusão minha, talvez, quem sabe? Ultimamente não tenho feito nada além de me permitir muitos devaneios! Aliás estou entregue às baratas, uma pena que nem é a barata de G.H, se é que você me entende.

Estive pensando no quão sacrificante foi escrever durante o mestrado e qual a relação deste suposto bloqueio pra me dizer escrita numa crônica bonita ou numa história boba. Por hora só tenho conjecturas, e preguiça, claro!

Muita preguiça. Mórbida, existencial até.

Agora só lembro que assisti mais alguns episódios (quatro pra ser mais precisa!) de um seriado coreano, Amor e Casamento. Ah e também cortei as unhas das mãos, estou me sentindo completamente desprotegida, porém leve, sem minhas garras de tamanduá.

Não tenho muito sobre o que falar agora, estou quebrando um movimento de resistência que já dura dois anos.  Então, paciência, é a palavra da vez, aliás, é a palavra da vez desde a metade de 2016. E é ela que falo e peço todo santo dia quando me vem a vontade de escrever, mas a solidão poeta me assola dizendo “pra mais tarde”... “Deixa pra mais tarde!” e assim eu nunca retomo. Só que hoje já é mais tarde de todas as tardes, já é madrugada de 2-0-1-7. Dois anos de uma vida de desprezo às palavras. Essas e milhares de outras escritas aqui!

Tenho coisas a falar, quero começar por um absurdo inicial. Mas tenho preguiça. Por hora deixarei pra depois. Amanhã? Talvez...Quem é que sabe?

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