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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Absurdamente feliz

Estava absurdamente feliz, de uma felicidade que não existe. De onde viera essa tal felicidade? Sim sim era coisa que ela não sabia. Mas desconfiava que era felicidade de criança solta correndo em desventura sem saber do mundo.

Ela descobriu um meio de esquecer aquela dormência que se sente quando se é gente grande. E foi nos sonhos que realizou sua primeira fuga. Fugiu para longe e para nunca mais voltar.

Mas voltou.

E quando deparou-se novamente com a realidade cruel que tinha a enfrentar agora todos os dias...quis chorar, mas esqueceu como se fazia isso.

Lembrou da ingenuidade estúpida de criança e desejou muito voltar a todos aqueles anos coloridos.

Agora já não podia pedir para o relógio parar, o ponteiro correria quer quisesse ela ou não. O único jeito era continuar. Como? é coisa tal que ela não sabia ainda. Mas tentaria repetir essa fuga. Pensou tanto que chega doeu em mim, e tanto mesmo que pariu a criança dentro dela que eu pensei por décadas estar morta. Renasceu a menina naqueles pensamentos desvairados!

Penso que poderia delirar, acho que seria mais interessante um devaneio ou algo parecido. É bom perceber-se diferente, tem um sabor especial. A loucura que não se pega, mas se sente... O desconexo era que era interessante para ela, o problema seria apenas fazê-la acreditar em mim e nessas palavras que não convencem facilmente gente vivo-morta.

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