Quem sofre demais?
Chora demais?
Se embebe demais da vida?
Quem acorda no mais alto pico de sono pra escrever?
Quem precisa desesperadamente a si mesmo dizer?
Sente demais, se angustia demais, e não se importa se é a tristeza sua melhor arquiteta?
Que enxerga além, que nem existe de tanta existência?
Que não se preocupa tanto com a aparência?
Que prefere a imersão dolorida de uma vingança de alma (um bom livro) ao esquecimento do automatismo diário?
Quem é assim?
Quem pode viver assim?
Quem se suporta desse jeito senão os loucos? Os loucos dos poetas!
Um dia à vida desses!
Um ode a dois, dois que merecem respeito: Os livros e os que os escrevem!
Aos poetas!