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sábado, 15 de outubro de 2011

Rosa


Fui obrigada a repensar toda minha vida em segundos. Por quê?!
Porque abruptamente perdi e as perdas são sempre dolorosas demais a mim.
Precisava de mais tempo para repensar tudo assim, para aceitar a realidade enfim. Mas a fugacidade da vida me induziu sem escolha, não deu para resistir. É que na dor ou na presença do medo não me restou muita coisa, a não ser deixar as lágrimas expressarem meu descontentamento, minha decepção.

Esperava mais da vida, eu que recentemente fui levada a crer que precisava viver.
Viver pelas escolhas que fiz e não pelas que sofregamente resisti.

E já faz quase dois meses da iminente sempre presente, perda, e eu penso se fui honestamente fiel ao que deixei por mim...aí olho para trás e vejo tanta inautenticidade que dói sentir, sentir o significado das coisas que por medo nunca aceitei o fim.

Eu preciso seguir em frente, mas alguma coisa me chama para olhar se ainda há água no poço. É que parece que o passado não quer me deixar sentir o presente bem e a contragosto dele, eu tenho urgência.

Sei que não posso mais ir adiante sem aceitar as implicações do aí, daquilo-que-é, da minha vida-no-mundo e do que fica: a saudade doída de uma pessoa querida que in-felizmente descansou.

Eu poderia ter sido mais forte, mas hoje isso é tudo que sou.
Você deixou marcas tia Rosa e eu sempre vou sentir sua falta.

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