Minha primeira ida obviamente não me recordo, foi à escola; e mãe como adora esse tipo de coisa conta como foi talentosa minha reação, que para surpresa de todos afinal sou a caçula (auto explicativo), não chorei, não tive medo.
Foi preciso apenas que ela explicasse e eu espertinha que era, com meus 1 ano e 7 meses olhei pra trás e dei um tchauzinho pra ela, abandonando-a completamente ali na sua angústia de mãe superprotetora.
A propósito ela sempre conta tal história citando como exemplo o desespero de minha irmã que ao vivenciar a mesma coisa se descabelou, esperneou e deu bastante trabalho pra se calar e se adaptar a nova fase então como estudante.
Era sempre chorosa e aos berros que a pobre coitada tinha de ser deixada à porta da escola. Enquanto eu ia feliz e saltitante, vai ver porque dormia a maior parte do tempo tendo como resultado a reprovação no mesmo ano, é...reprovei o maternal. E pensar que sempre fui uma boa aluna! Hahaha.
Hoje fico a pensar o por que de reações tão distintas (psicologia não se limita aos outros) e não encontro uma resposta que me seja suficientemente boa, ou se a encontro não quero aqui dizê-la. Mas não me aterei a isto no momento...deixarei para uma próxima postagem.
Lembrei-me agora de minha segunda ida quando meu pai resolveu por si (livre e espontânea pressão) deixar nossa casa. Uma parte de mim e delas, foi com ele. A terceira ida simplesmente não aconteceu, não tive terceira ida, pulei direto para a quarta...tive rubéola.
A quarta ida foi minha segunda cirurgia (a 1ª não recordo, era apenas um bebê). O milk shake, os mimos e as manhas todas, as primeiras grandes saudades foram sentidas aí. A quinta, bem... acho que se eu pudesse escolher uma como a melhor, seria esta. Aconteceu quando nos mudamos para morar com a maior pessoa já vista: minha avó.
E foi mágico aquilo tudo! Recordo-me plenamente do sentimento, do dia (numa quarta-feira, 15/01/1997 meu aniversário) exatos 9 anos. Da alegria exasperada que fez meu coração tremular-me toda. Dos móveis sendo transportados, do caminhão baú e voinho, da geladeira que deu trabalho para ser levada, das minhas coisas encaixotadas, de mim mesma que nem quis olhar para trás.
De um apartamento com 3 quartos para uma casa com sótão, colchões de mola, balanço e muito espaço. Vou parando por aqui, isso tudo me trouxe uma nostalgia danada e fiquei às avessas. Continuarei a escrever, prometo! Mas agora é hora de mais uma ida, adeus! ;*
Fantástico...Lembrei das historias que minha mãe conta de mim enquanto criança...TEM CADA COISA!E uma delas era que onde eu caia,dormia(apagava p/ ser mais franca rsrsrs).
ResponderExcluirQuem disse que eu chorava?
ResponderExcluircomo pode me envergonhar assim em público?!!!
logo eu uma professora nata!!
agora veja como Freud explica tudo... o trauma da infância transformado em algo lucrativo!
afinal, hoje ganho a vida vendo os filhos dos outros chorar para não entrar.. ou quem sabe chorar lá dentro quando vê a professora!!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Paula Ferananda disse...
ResponderExcluirGostei sim!!!! triste,feliz, inconstante, insatisfeito, angustiante,como um bom ser humano deve ser!Beijos mil!!!
Carla me pediu pra passar aqui, surpreso, um texto bem escrito e o que mais acontece nas nossas vidas. A mudança. "o medo de assumir riscos nos deixa viciados no depois!"
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