Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Café com açúcar

O sol da meia noite me acordou bem cedinho e vi, vi o som dos pássaros baterem no ar mudo e doce da minha solitária manhã. Despertei para a vida como quem desperta para enfrentar um gigante, e mesmo que tenha certa altura para enfrentá-lo, ainda me é difícil não fraquejar e correr.

Já acordo com o desejo de dormir e nem sei por que tive que dizer isso aqui. Não tem sido fácil escrever e poucas são as vezes que venho a mim mesma dizer. Por hora não me importa, este blog é ficção, a vida que levo também.

Entregue ao meu desejo permaneci por alguns milênios, no entanto o tempo quis promover armadilhas e não suportei, abruptamente levantei e com um apetite incomum me assustei.

Um apetite voraz de comer-me viva ressoou len-ta-men-te dentro de mim. E o inesperado surgiu no que pensei: fazer-me comida num café preto bem quente, sem leite e sem açúcar. Não porque gosto, Deus nos livre de café preto com suas toneladas de cafeína sem direito a um pouco de leite ou glicoce para amenizar, por Sidarta, Maomé ou quem quiser...estou amargando!

O bom e o ruim disso é que percebo esse mau gosto;

Preciso de sacarose urgente, sim um caldo de cana forçado. Adoro doces, odeio caldo de cana. Mas enfim, eu sei que preciso do açúcar fundamental, do leite fundante para sobreviver aqui sem presunções, sem muitas satisfações; só quero sentir o melhor de mim sem ter que ser num café amargo assim.

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