Eu preciso escrever para
Contar da minha dor, do meu assombramento, da minha decepção.
Porque doeu-me ver tantos ataques, tem sido difícil suportar pós-guerras seguidos assim.
E perceber os outros também, e senti-los no olhar fulminante foi fulminantemente doído, como um ataque de um coração que de repente pára porque precisa.
Por isso hoje sangrei, sangrei muito.
Muito por mim, muito pela dor identificada nos absurdos contidos e velados que de repente após tantas esperas, foram assustadoramente desmascarados.
E ousaram, ainda ousaram me falar de ética quando tudo o que eu precisava e queria era esquecer tudo ali.
Política, instituição, humanidades à parte. porque é assim que fazem arte, arte de convivência, arte de negar a própria existência enquanto condição humana, de vender a sensibilidade e o caráter em busca, em busca de quê ‘meudeus’?!
Não entendo e nem quero tentar, seria presunção apenas fingir para não me abalar. Eu só peço que não me falem nada, não me digam com esse olhar que pessoas piores terei de encontrar. Da minha parte eu vou reinventar e tentar mesmo ignorar os fatos, seguindo adiante com minha escolha, nada devo esperar.
Só não quero ser assim, não pretendo negar a mesquinhez que há em mim, em ti, em nós. Apesar da pouca idade eu sei que o que vale a pena é o amor à verdade. Por isso venho dizer, a você e a mim...Não quero ser doutora em educação sem ainda ter me educado nesta vida, enfim. Por isso foi tudo o que eu desejei dizer com essas poucas palavras desesperadamente descritas e despidas aqui!
Não preciso de titulações para respaldar minhas injustas medidas. Eu consigo reconhecer minhas fragilidades e humanidades sem título algum, aliás...o único título que desejo é o de melhor desempenho, não acadêmico, mas na vida. Porque quero ir além das limitações impostas e mostrar mesmo o melhor do humano que há em mim, sem medo algum de parecer idiota ou finalmente humana aí.
Mas eu vim aqui também porque precisava confessar minha necessidade de compreensão, mas além disso, eu sei que preciso de um pouco de perdão. Por que? porque fervorosamente almejei que o reinado viesse à baixo, que a casa caísse, que o espetáculo do vazio ruísse e mostrasse a inútil grandeza do poder ditador.
Eu preciso de perdão não por mim que sei a humana terrível que também me habita, mas por ela que não me comoveu um segundo. Faltou-me humanidade para enxergar que o drama vivido poderia ser verdade, mas não quis me importar porque foi-me uma vez perguntado quem sou e eu mostrei assim.
Por isso não me pergunte o que só posso responder mostrando, tenho sadismo suficiente e vigorosa que ainda sou possa matar para não morrer.
Bom, eu quero terminar e dizer que o que comecei vou concluir e fazer o que necessariamente preciso fazer de mim. O resto?
O resto eu espero silenciosamente o respeito e o reconhecimento de que minha presença se faz presente no grande e no pequeno, no perto e no reservado de quem sou.
Quanto à psicologia, minha cara ideologia...? não sei, mas tenho a impressão que ela está só, eu estou só, nós estamos sós não apenas no grupo, mas na instituição.
E fico aqui pensando como querem que saiamos humanamente melhores, mentalmente capazes de enfrentar tantos desafios se só nos mostram o que há de pior neles e em nós...(?)
Que Deus me faça entender que é preciso acreditar continuamente no melhor de mim, que isso sim não é presunção e que somente assim poderei conseguir a existência que infinitamente quis 'pra' mim.
"Não quero ser doutora em educação sem ainda ter me educado nesta vida" Simples e direto. =]
ResponderExcluir