Levantei com uma vontade de não sei o que, e é me difícil
dizer.
Não dormi, não por vontade própria é que havia milhares de
insetos tentando me tragar.
Os pensamentos ajudaram a recompor-me. Uma ideia tida a
pouco me lembrou que eu deveria agir assim.
Pode parecer simples para quem não tem dificuldades em dizer
não, não é o meu caso.
Expresso nos meus textos os não’s que o cotidiano
insistentemente me pede e nego.
Negava.
É que resolvi não aceitar maus tratos
E por amor.
Amor a mim que me vi merecedora de mais
Que dei respeito e que não aceito mais invasões de minhas
reservas assim, à toa.
Eu decido, eu escolho a quem abrir-me e se assim não fiz foi
por achar que não valeria à pena.
Porque eu gosto de quem observa no silêncio e me adivinha os
sentidos sem dizê-los, não quero, nem gosto dos estrelatos de quem precisa de
atenção.
Eu sei que sou o barulho, mas também o silêncio que me
interpela e me perpassa.
Não suporto um bom dia repleto de mau humor por motivos que
desconheço e que por mais verdadeiros e honestos que possam ser, não me impedem
de não aceitá-los. Respeito-os mas não tenho obrigação de.
Dói-me ver desprezado o dia raiado, por factualidades da
vida.
A vida tem sido banalizada nesse tal de respeito às
diferenças...diferenças que me obrigam a concordar com mau humor matutino gratuito?
Não não, respeito às dores, não justificativas medíocres de
quem precisa se esconder para não mostrar a dor que sente.
Respeite-me e terás meu prestígio e minha abertura.
Desrespeite-me e terás o meu desprezo, aprendi.
A duras penas aprendi a dizer: “ei, basta! A dor que você está
sentindo é sua, se quiser compartilhe-a comigo, mas NÃO tente me ferir também”.
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