Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!

terça-feira, 12 de julho de 2011

Não

Levantei com uma vontade de não sei o que, e é me difícil dizer.
Não dormi, não por vontade própria é que havia milhares de insetos tentando me tragar.
Os pensamentos ajudaram a recompor-me. Uma ideia tida a pouco me lembrou que eu deveria agir assim.
Pode parecer simples para quem não tem dificuldades em dizer não, não é o meu caso.
Expresso nos meus textos os não’s que o cotidiano insistentemente me pede e nego. 
    Negava.  
É que resolvi não aceitar maus tratos
E por amor.
Amor a mim que me vi merecedora de mais
Que dei respeito e que não aceito mais invasões de minhas reservas assim, à toa.
Eu decido, eu escolho a quem abrir-me e se assim não fiz foi por achar que não valeria à pena.
Porque eu gosto de quem observa no silêncio e me adivinha os sentidos sem dizê-los, não quero, nem gosto dos estrelatos de quem precisa de atenção.
Eu sei que sou o barulho, mas também o silêncio que me interpela e me perpassa.
Não suporto um bom dia repleto de mau humor por motivos que desconheço e que por mais verdadeiros e honestos que possam ser, não me impedem de não aceitá-los. Respeito-os mas não tenho obrigação de.
Dói-me ver desprezado o dia raiado, por factualidades da vida.
A vida tem sido banalizada nesse tal de respeito às diferenças...diferenças que me obrigam a concordar com mau humor matutino gratuito?
Não não, respeito às dores, não justificativas medíocres de quem precisa se esconder para não mostrar a dor que sente.
Respeite-me e terás meu prestígio e minha abertura.
Desrespeite-me e terás o meu desprezo, aprendi.
A duras penas aprendi a dizer: “ei, basta! A dor que você está sentindo é sua, se quiser compartilhe-a comigo, mas NÃO tente me ferir também”.  

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