De repente no final das férias acontecimentos históricos
e glaciais acontecem com ou sem você querer ou imaginar. E
aí você fica no meio de uma conjuntura surreal sem saber o que achar
ou acreditar.
Deixem- me explicar! É que
me ocorreram incontáveis flash back’s e tudo em
micro segundos, como ventania que corre solta e se espalha
na surdina do vazio.
Um levantamento de dados
passados. Mais, um desmanche de peças de um quebra-cabeça
que confiantemente pensei ter solucionado me fez perceber
que isso sempre acontece quando desejo acreditar.
Por quê? Por que minha
mente é terrorista ou por que eu sei até onde posso ir sem me
machucar? Será que eu realmente sei até onde posso aguentar?
Por ser sozinha no não
reconhecimento da minha grandeza e do meu amor por mim,
me desconsidero plena na tentativa inútil de evitar novos
pós-guerras que continuamente me impedem de simplesmente entregar-me
assim, calma e com-ple-ta-mente boba aos meus sentidos sem deixar a
razão do meu desejo de controle se expressar.
É só porque depois se o “se”
se aproximar, veementemente vou me culpar, pois não poderia eu evitar?!
Mas estou cansada de fugir da minha humanidade diante desta vida, porque
as factualidades não deixarão de existir apenas deixarei de vivê-las.
Eu quero. Quero uma nova
crença, uma idiotice gratuita de quem não está nem aí para rachaduras
de corações partidos e feridos, de tropeços e rasgões nos mais belos
vestidos.
É que amar é uma escolha e
para cada escolha há sempre uma renúncia, e apesar de não saber se
estou pronta para renunciar minha proteção, meu castelo de ilusão, eu
desejo.
Ardentemente eu
desejo. Mas que ninguém se engane! Desejo, no entanto estou num grande
dilema porque a condição sine qua non que me permitiria ir adiante
não apenas é difícil, na realidade está impossível, porque estou só.
E sozinha não me é possível
libertar-me de mim, ao contrário: lembro-me mais de mim, do que
sempre deixei de viver para estar em torno das muralhas que construí.
Nenhum comentário:
Postar um comentário