Sou tantas coisas hoje, mas nem é por essas tantas coisas que estou aqui. Pensando-me bem parei, inevitavelmente parei para olhar para o abismo chamado passado. E eis que encontrei algo que me acompanhou por longos anos...O idealismo.
Sim idealismo! E vi que desde muito cedo criei, fomentei alguns, exclui outros e mantive sempre algum ideal. Independente de minhas crenças consigo enxergar a genialidade disso, a dor de ser idealista que carrego desde ontem, desde sempre.
E agora devo confessar que mais uma vez a genética fala mais alto que o social. Deparando-me com o nobre sangue de mi madre revelando seu poder, me derreto toda, até me sublimar. E só por me sentir identificada a um outro tão semelhante a ponto de sufocar-me. Felizmente ou não (depende do seu ponto de vista!) fui presenteada pela vida com este tal dom que alguns míseros humanos tanto almejam. Mas quem foi que disse que gênios vivem apenas estrelatos?
Calo-me tantas vezes para que não saibam os horrores que habitam minha mente. Aterrorizo-me com meu próprio sofrimento. E por vezes desejei tocá-lo para então matá-lo num abraço apertado da doce ignorância que me cerca. Quantas e quantas vezes Deus? Quantas vezes almejei toda essa mediocridade que os fazem tão felizes...!
Mas há aqueles que nascem incumbidos de seguir diferentemente. Enquanto a multidão olha para sua frente, eu genial que sou, olho apenas para o alto. Porque é de lá que virá o consolo para minha angústia, a paz para minha alma, a salvação para o meu Ser.
E dou graças, hoje apenas hoje aprendi a dar graças porque compreendi, aceitei e passei a valorizar-me por assim ser!
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