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Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Humanamente
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Chá da's férias
O que são a's férias?
Com a’s no plural e apóstrofo mesmo, porque sempre me perguntei da utilidade do apóstrofo na minha vida. Afinal deixei de usá-lo quando deixei também de falar tão bem do meu inglês americano.
É que agora minha vida está completamente inglesa, até chá da tarde me obrigo a tomar, o surreal e normal é que esse chá vem recheado de tédio, porque também não agüento todos os dias um chá de cadeira assim às 16h.
Passei quatro anos de rotina, perdi até a minha língua...quase fui demitida da minha própria vida por falta de administração. E nem quero saber o que vai me aparecer quando tudo isso acabar, quando eu não tiver do que reclamar, quando o meu chá parar de me abusar.
Jane Austen eu sei, essa nunca me salvará!
Vou morrer em Mansfield e ao que me parece num grande ócio improdutivo, à noite
Sim na calada da noite na Hamilton Rd., na companhia de um cachorro e de uma xícara, uma xícara de amor, claro.
O que sou
Passei da prosa à “poemia”, e achar que nunca conseguiria
Olhei e vi uma vida de mentira e hipocrisia
Parei e resolvi pensar no que não podia
E consegui desafiar minha própria companhia.
Imaginei como ficaria e se era isso o que eu queria
Como seria se eu fosse além do que eu mesma pensava que podia? E depois o que eu faria? Como suportaria?
Foi aí que percebi aonde chegaria e que sem medo enfim eu me mostraria
Leve, doce e meiga
Para que finalmente em me desfazendo dessa dura couraça que me entorpeceu os sentidos e me impediu de ver o rasgão do meu vestido, eu possa caminhar novamente entre o vento que um dia me assanhou os cabelos e aquela que so-fre-ga-mente sou.
sábado, 25 de junho de 2011
Pulsar
Estou aqui escutando tiques e taques do tempo
O relógio da sala me causa tormento
O vento que sopra traz de volta a angústia daquele momento
Estou deveras cansada pra qualquer empreendimento
Meu coração pulsa em vão na esperança de encontrar um novo sentimento
Mas eu sou mesmo romântica e deixá-lo-ei pulsar até que cessem todos os movimentos.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
O céu é o limite
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Música meu amor
Há músicas que lembram chocolate, outras amor, outras ainda endorfina pura, quente e fresca. Homens barbudos e amor, muito amor. Não sei qual delas seja mais perigosa, não sei se posso denunciar-me aqui, só sei que tenho sentido enormemente a falta de um amor para amar, para acariciar e dizer que é meu.
Tenho desejado isso e já faz tempo, mas só me lembro com algum flash back forçado, com alguma pressão do ambiente, com alguma tia caretona e doente.
Eu quero mesmo me entregar ao amor de um ser deficiente, tanto quanto eu errante, mas que seja no mínimo um amante das artes, da literatura e do amor, acima de tudo do amor. Quero acordar de madrugada com uma mensagem recebida, quero poder reclamar quando não ouvida, quero ter reciprocidade no olhar.
E sentir. Sim, sentir a chama que arde por dentro quando enfim encontrar minhas projeções dizendo: sim, você se achou num outro ser tão diferente assim.
Tudo novo de novo
Eu gosto de ver o reflexo da janela pela TV desligada do meu quarto. De sentir prazer por tão pouco, de rir por nada, de me emocionar pelo silêncio gostoso que minha alma adora ficar. De permanecer largada pelas ideias mirabolantes que surgem quando acordo depois de uma boa noite de sono. De pensar nos meus amigos, nos livros não lidos, nas histórias vividas e recontadas. Dos pensamentos quase sempre esquecidos, de tudo o que não foi escrito, de um amor não resolvido, de algum idiota pra detestar.
Ah eu amo, amo mesmo a simplicidade de onde vim, os absurdos infantis que costumo sempre ouvir, do carisma dos amigos, do sorriso desmedido quando estou à vontade, do olhar de uma criança, da renovação das esperanças. De saber que voltarei, para mim eu voltarei. De ter uma família para amar, amigos para aconselhar e risadas, muitas risadas para dar.
Eu amo, amo mesmo e sou grata a Deus porque “tudo se fez novo”!