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Aqui já usei quase todo o meu repertório masoquista e desfiz boa parte das minhas ideias comunistas. Esse espaço é meu, mas desejei compartilhá-lo com o mundo, se você faz parte dele...Então seja muito bem vindo(a)!
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Omar
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Ócio de férias
sábado, 4 de dezembro de 2010
101 coisas em 365 dias
1. Ser mais simpática com todos;
2. Postar pelo menos 03 vezes a cada mês no meu blog;
3. Passar um dia inteiro cuidando de uma criança;
4. Fazer todas as três refeições diárias nas horas certas durante o ano;
5. Comer arroz uma vez por semana o ano inteiro;
6. Parar de comer frango empanado por 06 meses;
7. Comprar um mp4 ou ipod de 4G;
8. Não usar a internet aos sábados por 01 mês;
9. Ir dormir no máximo até as onze da noite de domingo a sexta;
10. Me alongar todos os dias na companhia de uma amiga;
11. Fazer um curso de francês;
12. Estudar até as disciplinas mais chatas;
13. Bajular algum professor para conseguir um projeto de pesquisa;
14. Hidratar os cabelos uma vez por semana;
15. Comprar um mural p/ colocar minhas fotos;
16. Comprar uma cômoda com sapateiro;
17. Continuar a terapia;
18. Fazer os exercícios indicados pela fonoaudióloga;
19. Chegar na faculdade até no máximo 08h;
20. Não faltar ao dentista;
21. Ler pelo menos 15 livros nesses 365 dias;
22. Fazer cinema em casa uma vez a cada duas semanas com minhas amigas;
23. Tirar a carteira de habilitação;
24. Me esforçar para manter o relacionamento estável com todos;
25. Sentir o vento na pele;
26. Comprar e cuidar de uma planta;
27. Estudar a lição bíblica toda semana;
28. Ler todos os livros que comprei de Clarice;
29. Ler a coleção completa de Freud;
30. Comprar o livro Psicologia e Religião, de Jung;
31. Comprar e ler no mesmo mês um livro de Kant;
32. Ler o livro A condição Humana de Hannah Arendt e fazer uma resenha sobre;
33. Comprar uma estante pra colocar todos os meus livros;
34. Reler Meu Pé de Laranja Lima;
35. Ser mais tolerante com meus próprios erros;
36. Comprar uma meia calça preta;
37. Perdoar mais;
38. Rir mais;
39. Não afastar as pessoas de mim por mais medíocres que as ache;
40. Usar perfume mais vezes apesar da rinite;
41.
42. Me arriscar mais;
43. Ensinar xadrez a alguém;
44. Escrever sobre minhas mudanças;
45. Retirar minhas máscaras de defesa em troca de algo melhor;
46. Contar minhas histórias de infância no blog;
47. Perdoar os erros do meu pai;
48. Ser mais paciente com minha mãe;
49. Arrumar um estágio voluntário em psicologia;
50. Ouvir mais minha irmã;
51. Não aceitar sentimentos negativos dos outros;
52. Marcar um encontro com grandes amigos nas férias;
53. Praticar alguma atividade física o ano todo (andar de bicicleta nas férias);
54. Superar meus principais medos;
55. Abrir o sábado com um momento de adoração e fechar com uma leitura da palavra e uma oração;
56. Pensar quatro vezes antes de falar alguma verdade pra quem quer que seja;
57. Ler uma peça de Shakespeare e decorar;
58. Ler mais dois livros de Oscar Wilde;
59. Concluir os livros que deixei pela metade;
60. Aproveitar meu aniversário ao máximo;
61. Passar menos tempo na internet;
62. Fazer um check up nas férias;
63. Tomar o remédio pra ansiedade todos os dias;
64. Ir pelo menos a dois grandes congressos de psicologia;
65. Comprar/ganhar um som mp3 c/ entrada USB;
66. Não aceitar ser explorada/não explorar nos trabalhos da faculdade;
67. Continuar escrevendo o artigo científico;
68. Conseguir publicar o artigo numa revista influente;
69. Estudar pelo menos 3 ou 4 horas por dia;
70. Pesquisar sobre mestrados e escolher o meu até o final do ano;
71. Decidir em que área vou fazer o estágio obrigatório;
72. Fazer a inscrição do vestibular da unicap para o curso de letras;
73. Tentar o vestibular para o curso de filosofia na UFPE;
74. Ler o livro O homem, Esse Desconhecido;
75. Assistir três clássicos de Audrey Hepburn;
76. Comprar e ler no mesmo mês o livro As palavras, de Sartre;
77. Ler alguma biografia desconhecida;
78. Ler todos os livros que comprei e ainda não li;
79. Após comprar os livros da lista, não comprar mais durante 05 meses;
80. Assistir todos os filmes de Almodóvar;
81. Freqüentar a igreja todos os sábados;
82. Não esperar nada de ninguém;
83. Influenciar alguém positivamente;
84. Parar de andar de moto táxi desnecessariamente;
85. Me inscrever em algum concurso público;
86. Conhecer pelo menos 3 cidades diferentes durante o ano;
87. Fazer novas amizades;
88. Roubar um beijo de alguém;
89. Não sair correndo após ter roubado o beijo;
90. Doar um livro muito precioso a alguma amiga;
91. Voltar a escrever cartas;
92. Chegar aos 63 kg novamente e mantê-los;
93. Voltar a doar sangue;
94. Ler todos os livros de Jane Austen;
95. Não brigar com ninguém pelo MSN;
96. Participar novamente de algum concurso literário;
97. Tomar banho de chuva e em seguida tomar sorvete e não gripar;
98. Não deixar acumular roupas sujas;
99. Beijar um cara lindo e dizer para todas as minhas amigas;
100. Entrar numa loja de roupas provar tudo o que gostar e sair sem comprar nada;
101. Fazer uma viagem inesquecível para uma praia desconhecida com duas amigas loucas;
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Vita
sábado, 20 de novembro de 2010
Passando
As coisas mudaram, se você não sabe! Agora mesmo estou escrevendo a lápis num caderno usado da faculdade, não meu, mas da minha irmã.
Formaturas se passaram, as crianças já cresceram. Anna já fala português e o inglês?
O inglês se esquecera, como eu, se esquecera também. Hoje nos parecemos mais, e que bom!
Temos infâncias semalhantes: casa dos avós, balanços e aventuras.
No feriado me assustei, minha prima antes caçula, já é "moça". Meu avô já se cansa e minha avó já dorme a tarde.
Os cachorros já estão adultos, Willy de barba branca. Bob com as ocorrências da velhice: faltando alguns dentes. Meu quarto, agora de hóspedes, meu guarda-roupa quase vazio. Minhas amigas de infância com filhos.
É difícil não querer, como é difícil.
Mas mais difícil é querer olhar pra trás e aceitar as condições impostas implicitamente pelas próprias escolhas realizadas a tão pouco tempo assim.
O duro não foi sair de casa, o duro foi resistir e sofregamente perseverar e persistir e não fugir do objetivo que escolhi. Mas sou forte, na minha fraqueza eu sei que sou forte porque quem está comigo é fiel até o fim. Não vou abandonar o que desejei de melhor pra mim, pra elas, pra eles que ficaram e acreditaram no melhor de mim.
Agora
Hoje, ontem.
Ágora entre eu e as multidões de mim.
Agora entre o que escolhi e o que desejo seguir.
Passei, passado. Não quero mais me atrever a olhar para o abismo que atravessei e encontrá-lo chorando de saudade aqui.
Minha memória não morreu ali com todas as coisas que deixei, minha memória está viva, meu coração ainda pulsa e eu quero o presente que optei sim.
Quero a serenidade das grandes mentes, não a solidão dos grandes mestres.
Preciso sentir-me presente na realidade de hoje, de agora, na ágora das multidões de mim.
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Ponto
Sem medo de me sentir inútil depois, sem culpa por achar que o andar dos ponteiros tornou improdutivo o meu dia;
Sem me comprovar a ideia tola de que as poucas horas entregue aos pequenos prazeres da vida, são desperdícios de minha limitada existência aqui.
Não sei o que deu em mim, alguma coisa alguma coisa de estranho parou e ponto.
Alguma coisa que me tirou o sabor da vida. Já nem sei mais pensar, já nem sei nem sei se tive saber. É como se tudo fosse um zero, um enorme e insignificante zero à esquerda de mim.
Alguma coisa grave me fez ficar assim nesse hoje de ontem.
Tenho tanto, tanta...sei lá o quê!
Raiva? Nem sei.
Alguma coisa que nem sei me deixou assim, quase homem, quase imóvel, quase fóssil.
Quero o querer de volta, o meu mergulho diário em mim quero de volta.Minhas profundezas quero de volta, sim sim o meu pertencer quero de volta: quero viver!
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Do pombo
O telefone toca, estou sentada. Sinto-me por deveras cansada, cansada de viver, viver também cansa. As horas passaram rapidamente até agora, agora que começo a escrever. Mastigo os segundos lentamente como quem deseja muito ver a vida. E vejo.
Sentada me recordo da minha chegada aqui. Foi por minhas próprias pernas que consegui, e foi também por mim que caminhei lentamente até aí, foi por caminhar assim que fui tomada por uma visão difícil de se apreender e digerir. Justa hora absurda eu vi, vi um pombo, um transeunte e os meus dois olhos percorrendo o entorno de tudo ali. O animal ferido em frente a uma casa lotérica com pessoas de todos os tipos e caras que nunca conheci.
O que enxerguei mesmo foi um pombo e um homem. Um homem que me compreendeu o olhar e um pombo que estava ferido e lançado a própria sorte diante dos homens, diante da vida.
O pombo estava deitado, relutante por alguma coisa que eu desconhecia, o homem o olhava e como eu compreendia: Eu- o pombo- a vida, ambos cansados de viver, mas sem querer nos render à morte aqui.
O homem?
Era um estranho que me explicou o motivo de seu olhar, disse que não gostava de ver bicho sofrer.
O pombo?
Um animal que tragicamente foi atingido por um ônibus. Sorte a dele, já que eu fui atingida fatalmente por ver a face da miséria, por ter a consciência que a vida às vezes dá, dá do mesmo modo..: rápida e gratuitamente.
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Do por que escrevo aqui
Que profunda declaração recebi ao me perguntar inusitadamente por que precisava manter este blog.
Além deste encontro tão preciso, é nele também que expresso minhas vivências diárias, minhas dores, meus rancores, minhas lutas travadas intempestivamente com a realidade que me cerca. Há por isso quem me critique, me rejeite, me inveje.
Há também quem me ame silenciosamente em gestos, quem me admire com uma nobreza que tenho medo. Sim, medo de por isso mostrar que sou fragilidade, sou sensibilidade. Assim, tenho medo de me revelar por inteiro já que o mistério todo é necessário e acho que perdi, ou nunca tive... não sei, não sei a isso responder.
E me fitar nesse encontro semanalmente, no indizível das palavras malditas e mal escritas aqui, me ajuda a recolher as minhas dores para retalhá-las num texto pequeno de uma hora amarga. Mas também escrevo para minha alegria, para rir docemente das lembranças, e das idiotices indispensáveis à vida.
Escrevo para me falar que eu digo, sim e tenho dito. Não me importam as adaptações, não me importam. Importa o que está implícito nestas silenciosas linhas, nestes pequenos traçados da memória, nestas marcas aqui deixadas.
Se me criticas, então faças melhor, penses melhor, sintas melhor. Não to direi para ser melhor porque isso de fato é impossível. Porque numa coisa somos iguais, e sabemos disso. Iguais na condição humana, mas diferentes na sensibilidade de avaliar a dor de Ser num mundo absurdamente injusto.
Você não sabe o que a injustiça causa no homem, nunca sentiu a injustiça ferir-lhe o coração pois se assim o fosse não seria injusto. Você nunca sofreu por injusta causa; já eu desde cedo por perceber que tudo podia ser diferente se as pessoas agissem honestamente... Então poupe-me de críticas desajustadas da sua deturpada visão de mundo. Poupe-me de comparações alucinadas, de projeções fantasiadas em sua maneira de viver.
Quero apenas ser quem sou e posso, aliás... Como vês eu sou. Sou, sinto e me encontro comigo aqui e não é você quem vai destruir o que quero fazer de mim e se o que escrevo é de fato bom ou ruim.
Vai um conselho: seja você e me deixe ser eu assim!
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Da miséria estudantil
Gostaria de ser somente animal, desprovido de consciência, assim o instinto faria parte de mim em todos os momentos. Desse modo eu poderia esmurrar qualquer idiota que me assustasse no caminho. Para fins didáticos esmurraria os últimos personagens da semana, que me surpreenderam (ainda me iludo por milésimos de segundo tentando negar minha intuição) com um comportamento de merda, completamente adequado a mediocridade local. Tal fato não contribui para que eu perca as nobres esperanças que carrego de um dia mandar todos os imbecis, sem nenhuma exceção, dar um passeio num lugar de onde possivelmente devem ter saído e do qual nunca deveriam ter se ausentado.
Irritada como fiquei nem pude racionalizar direito, nem consegui pensar noutra coisa que não fosse essa tal realização dita acima. Um desejo insano de matar cresce a cada dia, infelizmente existe em mim um SUPEREGO que não fomenta tais aspirações para o então fim último dos meus habilidosos pensamentos de morte.
O cachorro da miséria que me fez acordar num sopapo, foi o mesmo que me fez ir dormir profundamente. O cachorro da delinqüência, o cachorro da imbecilidade humana, aquele que nos permite ir além do que nós mesmos achamos que podemos ir, esse cachorro é o que me desperta nos dias de fúria, mas que eu adoraria que estivesse comigo sempre.
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Desvirtude
Ser homem e ainda carregar a falsa virtude da bondade é demasiadamente inumano para mim. Logo eu que prefiro a impiedade do ímpio ante ao bom do bondoso homem!
"Homem bom". Parece uma piada escutar esse título! Isso me faz lembrar um daqueles longos discursos do louco de Zaratustra. A piada de um é insulto de outros.
Cansei de sensos, de bom senso, de mau senso, de senso comum. Estou deveras indisposta para ouvir títulos medianos, medíocres, de merda.
Quero o fogo, o fogo a consumir os que se vestem por bons homens, os que intitulam imbecilmente assim. Quero a morte das virtudes, das hipócritas virtudes e ver quem vai resistir! Quero ver, se quero...! Ver máscaras de crentes e descrentes a cair.
O querer se transmuta em glória e a minha sei que não posso encontrar se não for assim!
Deixo aqui um pedaço da lembrança: "ó meus irmãos, o homem que sondou até o fundo do coração dos bons e dos justos foi aquele que disse: "são fariseus". Mas não foi compreendido".
(Assim falou Zaratustra - Nietzsche)
Exatamente
Horror daqueles monstruosos, dos quais temos mesmo que nos esconder pra sobreviver ao ataque do pior dos inimigos: o medo de ser diminuído por ver sua condição de imperfeito. Oh céus, descobrir que sou um “deus que caga” é terrível! Mas vejamos de onde me surgiu esse terror.
Recordando o início de minha vida acadêmica...tenho péssimas lembranças da atuação de estudante nesta disciplina, isso porque nunca achei a menor graça naqueles quadrados todos, nunca achei o mundo quadrado, losangular ou vi alguma coisa de espacial na minha frente. Na verdade tinha uma enorme dificuldade para imaginar coisas além do espaço palpável. Não tenho visão espacial, nunca tive de fato, talvez por isso tenha tanto desejo de tirar a carteira de habilitação. Quero provar pra mim mesma que isso é apenas um bloqueio, ou sei lá o que se pode nomear sobre isso.
Até consigo me sobressair em situações de extremo risco, em acidentes já consegui a façanha de me enfiar num baú estreito para fugir de uma boa surra. Mas coisas desse gênero eu considero como instinto, algo inato da minha condição de sobre-humana. Lembro-me certa vez já perto de concluir o ensino médio, no segundo ano se me recordo bem, que passei de uma hora para outra a gostar de trigonometria, isso porque o professor era absurdamente rápido e sua agilidade me deixava feliz, a tal ponto que fui enfeitiçada por ele e acabei por me “apaixonar” temporariamente pela então disciplina odiada.
O fato é que foi marcante para mim, nunca fiz a menor questão de estudar matemática até porque achava que somar, subtrair, multiplicar e dividir eram basicamente tudo que deveríamos aprender da matemática enquanto seres humanos, as demais contas eram esdrúxulas, desnecessárias e deveras cansativas para nós míseros estudantes indecisos da vida. Quando então percebi essa nova paixão, por triste coincidência percebi-me também ao lado daqueles seres que sempre intitulei de bizarros por amarem tal ciência. Um desses seres permanece no meu vínculo de amizades até os dias de hoje e se encaminhou pobre coitada, no mundo das disciplinas exatas.
Toda a exatidão que tive se resumiu aquela fase, aquela estranha fase em que eu copiava freneticamente todo o conteúdo da lousa, fato inédito até então. Uma daquelas alunas chatas que se sentam na frente e soltam piadas o tempo inteiro de assuntos pertinentes as palavras, que fazem trocadilhos do além-aula, aquelas piadinhas que só quem ri além da comediante, são os professores e os idiotas dos amigos que não querem estragar a amizade. Uma daquelas alunas que ninguém discute literatura sem ser no mínimo indiciado a ler uma enxurrada de livros; uma daquelas alunas que defendem Machado de Assis à Eça de Queiroz a ponto de sair nos tapas; uma daquelas insuportáveis alunas que admitem não saber viver sem escrever ao menos um texto sensacional, não sabem respirar direito sem ler algo que lhes tire o sono, a própria respiração ou mesmo sua alma.
Sim, eu fui essa aluna. Eu nunca gostei de matemática e declaro aqui para todos abertamente que a única fase em que tudo foi exato foi aquela em que fiquei perplexa porque descobri que além de uma semianalfabeta matemática eu não sabia como tinha passado por média em todos aqueles anos escolares, aí então percebi o quanto a matemática é reducionista...e foi aí que encontrei a filosofia, e claro...a física quântica para me enlouquecer afirmando que 2+2 não são 4!
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
Eis tudo
Ela havia ficado muda e pela primeira vez desfrutara plenamente da voz agora impelida por seu mutismo. Estava satisfeita pois encontrou casualmente seres que pensavam e que como ela também haviam perdido.
Perdido o norte e o sul. A bússola que os orientava pelo tenebroso caminho quebrara na guerra e foram vencidos pelo som inaudível das palavras torpes daqueles a quem é devido o atual e desprezível pós-guerra.
Ofereceram-nos a insensatez em troca dos nossos gestos sinceros. Agora cá estamos tentando sobreviver, em vão? Não sei, mas nossas vidas coincidiram no mundo e temos o dever de lutar por nós, de perdoar por nós para que o fim não nos afogue no meio. Morrer numa maré de grandes peixes mas de águas sujas não é brilhante, quero uma morte feliz, suave e que acima de tudo nos permita falar.
Mas convido-nos provocativamente a pensar no tempo. Até quando estaremos assim? Não há respostas exatas, não lidamos com lógicas, nossa matemática é transcendental.
Tudo o que posso afirmar por mim é que quero estar com vocês até o fim, sim vocês que me fizeram achar o que eu havia perdido de melhor em mim. A vocês chamo de amigos e devo sim, o meu sincero obrigada.
E quero muito de volta as nossas esperanças.
Somos iguais, somos tão diferentes, somos humanos, somos eu, vocês e nós. Nós somos, e esse plural me alivia porque sei que seremos sempre melhores lado a lado e que apesar de tanta criticidade, bem sei que vocês são assim comigo, consigo, conosco mesmo, estamos desinstalados, não alienados.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
Para a alma
Fraternal
Um grato
Um lugar
Unheimliche
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Álbum de festas
domingo, 11 de julho de 2010
Sem riso
Esquecido por alguém?
Não, ele nunca foi registrado pra poder ser esquecido.
quarta-feira, 30 de junho de 2010
Lua Adversa
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
(Cecília Meireles)
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Idas e vindas
domingo, 20 de junho de 2010
Clairvoyance
E me percebi humana novamente e chorei, chorei muito porque tudo foi tudo foi em 3 meses, bem depressa aqui, e hoje tive que dar tchau sem nem conseguir.
Tive raiva, ciúme, mágoa. De mim, dela. Dela que depois de destruir minha máscara, vai embora assim!
Por que? Porque sou mesmo assim: Tudo ou nada, detesto meio termo.